terça-feira, 28 de outubro de 2008

Voltei

Faz uma semana que voltei para Curitiba. E posso dizer que estou feliz com isso. A Europa é muito legal, as paisagens são charmosas, a segurança pública de lá nem se compara com a nossa, as pessoas são mais altas e o dinheiro vale mais. Porém, é aqui que me sinto em casa.
E é aqui também que tento cumprir meu papel de cidadã. Estudei em escola pública na infância e cursei uma universidade pública. A sociedade pagou minha formação, acho meio injusto doar minha força de trabalho para a Europa que enriqueceu explorando o Terceiro Mundo. Acho tão injusto, quanto acho esse argumento piegas e as tomadas diferentes em cada país uma idiotice.

A verdade é que sinto mesmo muita falta das pessoas que moram aqui.

Não quero deixar esse Blog morrer só porque a viagem acabou. Vou fazer o possível para encontrar um novo foco e perpetuá-lo.
Paris. E o que Paris tem a ver com isso tudo? Oras, Paris sempre vale a pena. Foto: Gabriele Alves.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Brasil


Foto: Gabriele Alves.

Longa viagem.
Hoje, dia 20, volto para casa.
Tenho uma conexão em São Paulo que vai me fazer esperar um pouco. A previsão de chegada é na terça, lá por umas 12h40.

Bye, bye, London. Bye, bye, Europe.
Espero vir para cá novamente em uma outra oportunidade.

Brasil, desemprego, emprego. Chega de fazer de conta que tô podendo.
Lá vou eu novamente, com uma nova mente.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

UK

Agora é oficial. Volto para o Brasil no dia 20. Emocionante! Pelo menos para mim. Saudades já.
Deixei a Espanha sem muita tristeza, apesar de ter gostado muito do país.
Fiz uma longa viagem (28 horas) de ônibus até Londres. Passei pela imigração com algum embaraço, mas tudo resolvido rapidamente.
Em Madrid consegui fazer tudo o que queria, com direito a surpresas positivas: visitei, tirei fotos, comi e bebi coisas típicas, fui a uma casa noturna de Jazz (com a Daia e o Matteo, amigo dela) e, de quebra, curti uma Daniela Mercuri...
Pois então... Dia 12, Madrid comemorou pelas ruas o Dia da Espanha e a chegada de Colombo à América. Além das paradas militares oficiais e do reforço da segurança por medo do ETA (que recentemente voltou a se manifestar por meio de alguns assassinatos), havia também um tal de Festival da América - uma parada com desfile de grupos de imigrantes que vivem na Espanha.
Eu e a Daia demos uma olhada em alguns grupos - colombianos, argentinos... - daí entramos no Museu do Prado para ver As Meninas, de Velásquez, e o Jardim das Delícias. Quando saímos, demos de cara com o bloco brasileiro, que era nada mais, nada menos, do que um trio elétrico comandado pela Daniela Mercuri. O mais animado e o mais legal de todos os que vimos, certamente.
Muitos brasileiros vivem na Espanha, muitos em Madrid, e acho que grande parte destes estava lá. O povo se sentiu no carnaval da Bahia. E a performace da moça, nem tão moça, impressiona, mesmo para quem não gosta. É, no mínimo, respeitável. Energia pra dar e vender. E um portunhol engraçadíssimo. Uma surpresa boa.

Agora, só Londres. Mas não pretendo fazer nada demais por aqui. Só arrumando as malas mesmo...

Barcelona. Paque Güell. Foto: Gabriele Alves.

Madrid e a estátua do urso com a árvore de blueberry, um dos símbolos da cidade. Foto: Gabriele Alves.

Dançarino em apresentação de flamenco. Foto: Gabriele Alves.

Parque do Bom Retiro. Madri. Foto: Gabriele Alves.

Daniela Mercuri. Foto: Gabriele Alves.

sábado, 11 de outubro de 2008

!Olé¡

Dias bem aproveitados em Madri.
Provei uma deliciosa paella vegetariana, acompanhada de uma Sanguia (vinho doce com frutas cítricas, servido gelado), assisti a uma apresentaçao de dança flamenca, contemplei a Guernica, de Picasso, no Museu da Rainha Sofia, e dei uma volta no Parque do Bom Retiro.
Tudo isso, com direito a dormir bastante também, porque confesso que a essa altura do campeonato, já estou meio cansada.
Fiz compras também, apesar de essa fase ser de economia de guerra. Roupas e instrumentos para dança do ventre, vestidos, bebidas típicas... Nada demais, bons achados.
Amanha e segunda tem mais, mas a aventura está se aproximando do fim. Que pena, e que bom. Saudades de casa.
As fotos eu ainda fico devendo. Talvez amanha.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

España

Sí, cá estoy. En Madrid.
A cidade em si nao é assim muito bonita e nem tao plana quanto minhas cansadas pernas esperavam, mas tem várias praças (nem sempre arborizadas ou com grama) e muitos prédios históricos para ver e fotografar.
História aqui, como em toda a Europa, é o que há. A Espanha é um país com um povo muito bacana, mas que já passou por poucas e boas. Só para constar: Inquisiçao, Guerra Civil e atentados terroristas (o último em Madrid, em 2004) - o ETA anunciou um cessar fogo permanente, mas os cuidados com segurança aqui ainda merecem atençao especial do poder público.
A Espanha também é a terra de Cervantes e de Don Quixote, de Picasso, da dança flamenca e das polêmicas touradas... Por sorte, a temporada de touradas deste ano já terminou. Se nao mato um bicho nem para comer, quem dera para me divertir...
Enfim, foco em Madrid. Capital interessante para uma visita de fim de semana, sem necessidade de muito mais do que isso. Eu vou ficar mais, para descansar, mas nao há tanto assim o que fazer. Barcelona é bem mais legal. Eu fiz um programa de visitaçao. Ontem acabei por visitar e fazer tudo o que tinha planejado para dois dias em apenas uma tarde...
Madrid está em obras, assim como todas as outras capitais que visitei. Cidades antigas precisam de constantes reformas e nem os espaços turísticos escapam dessa máxima.
Para quem nao precisa se preocupar com dieta, há muito o que comer também. O Menú del Dia inclui Primer Plato, Segun Plato, Postre (sobremesa) e Bebida a partir de 6 Euros, custando, no máximo, 12.
Também estao em todos os lugares as tapas e bocadillos (lanches variados), além dos churros, nas mais variadas formas.
O clima nao está tao ameno quanto estava em Barcelona (apesar de meu último dia nessa cidade ter sido bem chuvoso e meio frio). Hoje, por exemplo, amanheceu chovendo - contrariando a previsao do tempo. O frio é constante, pela posiçao geográfica da cidade e pela estaçao do ano.
Madrid nao me parece a cidade com melhor qualidade de vida para morar, mas é bacana para uma visita. As coisas sao relativamente mais baratas do que em outros lugares por onde passei. O transporte está incluído nessa. As passagens simples de metrô, por exemplo, custam 1 Euro. Cheguei a pagar 2,10 em Berlim.
A internet é gratuita aqui no Hostel, mas nao tem entrada USB nos PCs... Logo, sem fotos por enquanto.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Madrid

Abandonei as lindas praias do Mediterrâneo e cá estou eu em Madrid.
Acabei de chegar, logo, nao tenho fotos, nem muitas novidades. Mas a primeira impressao foi bem boa. A capital é grande, movimentadíssima (tanto no fluxo de pedestres, quanto no de veículos) e há bastante coisa para fazer.
Saio daqui na segunda-feira, dia 13 (nao tem nenhum ônibus antes disso), e sigo para Londres, já arrumando as malas para voltar para a terra natal.
Por enquanto, é só. Mas amanha já devo colocar fotinhas e contar os bafons espanhóis.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Fuetos


Barcelona tem muitos monumentos coloridos, modernos, surrealistas. Este é de Miró, na Praça de Juan Miró. Foto: Gabriele Alves.

Fachada de prédio de Antonio Gaudí. La Pedrera. Foto: Gabriele Alves.

Igreja da Sagrada Família, também projetada por Gaudí, com previsao de término para 2084! Serao 18 torres. Por enquanto sao 8... O início das obras nao tenho bem certeza agora, mas foi no início do século XX, se nao me engano. Foto: Gabriele Alves.

Eu turista. Foto: Turista anônima.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Barcelona


Foto: Gabriele Alves

Extra! Extra! Consegui fugir para a Espanha!
Sim! Após duas noites mal dormidas em ônibus noturnos ao lado de gordos (realmente gordos), cheguei onde eu queria.
Por que eu queria tanto vir para a Espanha? Cara, olha essa foto aí em cima. Eu precisava sair um pouco da rota do vento frio. Eu estava meio cansada já. Mudar os ares renovou meu ânimo.
Barcelona é uma cidade muito interessante. É bonita, tem uma história legal, monumentos de arquitetura muito original - a maior parte de Antonio Gaudí - e um povo muito parecido com o nosso.
Como nem tudo é perfeito, os problemas daqui se assemelham também aos nossos. Aqui tem mais pobreza, mais mendigo, mais pedintes e já nao é tao tranqüilo, por exemplo, comer na rua.
Mas ainda assim, Barcelona - cheia de turistas - é uma cidade festeira, com uma gastronomia muito variada e muita coisa para fazer e ver. Daria até para ficar mais tempo aqui, mas devo permanecer apenas por mais uns dois ou três dias. Después, Madrid.

Ah! Quase me esqueci... A língua. Barcelona é bilíngue. Habla-se o espanhol castelhano - oficial - e também o catalao - também oficial, no fim das contas. Isso nao é, de forma alguma, um problema para um brasileiro. Mas eu, no início, só conseguia falar inglês. Sério mesmo! Meu cérebro sofreu um colapso.
Tudo começou quando saí do Reino Unido... Em Paris, me esforçei bravamente para me comunicar no idioma local com as pessoas, e também usei o espanhol e o inglês. Quando fui para a Bélgica, as coisas ficaram ainda mais complicadas, porque eu precisava me esforçar para entender o francês, me comunicar em inglês ou espanhol e ainda ligar o botao do português para falar com a Daia. Ufa!
Quando cheguei em Berlim, o colapso foi total... Alemao... Eu estudei um pouco, mas só um pouco. Alemao, inglês, espanhol, francês, português, italiano, ouvi de tudo lá. Minha cabeça quase explodiu - nossa, que exagero.
Em Barcelona, ainda nao consegui ligar o botaozinho do espanhol... Ainda estou meio perdida. Claro que eu entendo, mas na hora de falar dou uma travada. Isso começou para valer na Bélgica e acabou que agora nao consigo falar nada direito...
Ok, ok, já está passando, pelo menos ainda tenho o português...

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Berlim

Berlim é uma aula de história. Cheguei aqui ontem e já estou craque em Primeira e Segunda Guerras Mundiais e Guerra Fria. Nao há como negar, Berlim é uma cidade marcada pelos acontecimentos do passado mais do que as demais grandes capitais da Europa - na parte ocidental, pelo menos.
Minha primeira impressao do local nao foi lá muito boa. Estava muito frio, ventando e chovendo demais. Hoje só nao teve a chuva, mas isso já melhora imensamente as coisas.
Além disso, eu ainda estava com o coracao meio partido de ter abandonado a acolhedora Bélgica para me aventurar nas frias terras alemas... Sabia que visitar a cidade seria mergulhar em um clima bélico - e guerra nao é exatamente meu tema preferido.
De qualquer forma, foi muito bom estar aqui, porque desfiz meus preconceitos e imagino que vou sair da cidade com uma imagem bastante positiva.
Amanha é feriado aqui, mas também é dia de partir, logo, isso perde um pouco a importância para mim. A parte boa é que vou deixar esse Hostel horroroso no qual me hospedei, a parte ruim é que a minha jornada ainda é incerta... Por causa do passe de ônibus que comprei para viajar, dependo de escalas estranhas e tenho limitacoes a rodo. Para chegar em Barcelona terei que dar uma passada em Paris. E espero conseguir ir para Barcelona no mesmo dia... Torcam por mim! Senao, perderei um dia de Hostel - já reservado...
As fotos de Berlim eu fico devendo, por enquanto. Mas elas existem, eu juro.

domingo, 28 de setembro de 2008

Colônia

Ok, nao sei fazer acentos direito em teclados belgas...

Varios posts seguidos, para tirar o atraso.

Eu e a Daia fizemos uma pequena jornada sexta e sabado: acordamos cedo na sexta e fomos de trem ate Bruxelas; passamos o dia la (post anterior); dormimos na casa de parentes dos Boever (a familia em Namur); e partimos cedo (com uma carona arranjada em um site na internet) rumo a cidade de Colonia, na Alemanha (passando por um pedaço de estrada na Holanda); para, finalmente, no fim do dia, voltarmos podres para Namur. A Europa nao é mesmo tao grande, com exceçao da Russia.

Voltando ao assunto, a carona foi um esquema interessante qua a Daia arranjou. Fomos de carona ate Colonia com um cara chamado Mark. Pontual, nao fala pouco, nem muito e foi simpatico conosco. Ida e volta, sem problemas – mesmo poque, a carona nao saiu de graça, nos rachamos a gasolina.

Colonia: a cidade fica na Alemanha, logo, fala-se alemao... Estudei um pouco a lingua, mas bem pouco... Nao o suficiente para me sentir a vontade no comercio local ou entender as informaçoes turisticas no idioma local.

Colonia é uma cidade com muitas industrias, que mescla sem a menor harmonia construçoes romanas com igrejas goticas, predios da Microsoft e guindastes. Comparando com Namur, nao é muito bonita, mas tem o que mostrar ao visitante.

Primeiro, o rio Reno, que corta a cidade ao meio e segundo, a Catedral Dom, a mais alta construçao da cidade, a maior da Alemanha e uma das principais da Europa. Eu e a Daia gastamos bastante tempo explorando os vitrais da Catedral, acompanhando, meio sem querer, as missas da parte da manha e da tarde. A curiosidade local esta no nome da cidade: Colonia é a cidade onde foi criado o perfume Agua de Colonia. E a fragancia esta a venda em todo lugar.

Almoçamos em um restaurante chines, porque a Daia estava com vontade de comer Yakissoba. Agora, imagine voce, um brasileiro, em um restaurante chines na Alemanha, com um cardapio bilingue em: oras, chines e alemao. Nos ate pedimos o macarrao, mas comemos arroz com legumes...


Catedral Dom. Foto: Gabriele Alves.

Rio Reno e Dom. Foto: Gabriele Alves.

Carro eletrico para duas pessoas, comum nos paises por onde passei. Alemanha, polo na fabricaçao de autonoveis. Foto: Gabriele Alves.

Bruxelas

Bruxelas é a capital da Bélgica. Passei apenas um dia lá, mas fiquei com uma boa impressao.

Uma das melhores coisas para se experimentar na cidade sao doces feitos com uma bolachinha chamada Speculos. Dá para fazer isso na Bélgica inteira, mas existem mais opçoes em Bruxelas: o proprio biscoito, sorvete, chocolate, pudim, tiramissu, cobertura de gaufre, entre outros. Essa dica eu deveria ter colocado no post Bélgica, mas deixei passar. Muito bom.

Eu e a Daia visitamos a Mini Europa em Bruxelas. Um parque no melhor estilo DisneyWorld com grandes monumentos de paises integrantes da Uniao Europeia em miniatura. É meio caro para entrar (considerando minha situaçao financeira), mas vale pela quantidade de informaçoes que acompanham cada monumento, com direito a joguinhos interativos no final.

Mais a noite encotramos uma amiga da Daia aqui, a Delfine, que nos levou para um lanche bom e barato e nos acompanhou na visita aos pontos turisticos centrais da cidade.


O Grande Átomo, estrutura construída há 50 anos. Fica ao lado da Mini Europa. Foto: Gabriele Alves.

Mini Europa. Foto: Gabriele Alves.

Ó eu em Londres. Foto: Daiana Lopes.

Daia em Paris. Foto: Gabriele Alves.

Bruxelas à noite. Foto: Gabriele Alves.

Delfine e Daia com holofotes na praça. Foto: Gabriele Alves.

Brussels in fire lights. Foto: Gabriele Alves.

Bruges


Janela de uma das Begijnhof, ex-moradias de viuvas e anciaos e atuais moradias de freiras. Foto: Gabriele Alves.

Eu e a Daia visitamos Bruges, a Veneza Belga (salvo as devidas ressalvas), na quinta-feira, dia 25. A cidade guarda ainda a mesma cara medieval que tinha no seculo 12.

É preciso admitir que a cidade é romantica (e eu com a Daia... =) brincadeirinha). Fizemos uma day trip e nao é preciso mais do que isso mesmo. Vimos o qu havia para ser visto, fizemos um passeio de barco (nao de gondola) e tiramos muitas fotos.

Bruges tem muito de Holanda ja (comparaçao da Daia), ate as pessoas e o comportamento delas sao um pouco diferentes de Namur.

O bom de viajar com a Daia é que ela me obriga a tirar muitas e muitas fotos – ate acabar a bateria...


Praça central de Bruges, Markt. Foto: Daiana Lopes.

Eu e meu guia. Foto: Daiana Lopes.

Barcos nos canais da cidade. Foto: Gabriele Alves.

Chegada. Foto: Gabriele Alves.

Muitas bicicletas. Foto: Gabriele Alves.

Comercio local. Foto: Gabriele Alves.

Eu e a Daia em uma das varias lojas de chocolates (com desgustaçao gratis). Foto: Gabriele Alves.

Os pés. Foto: Daiana Lopes.

Namur


Foto: Gabriele Alves

Estou na Belgica, um pais nao menos turistico dos ate entao visitados – turistico no sentido de receber visitantes, porque nessa viagem percebi que qualquer lugar pode ser turistico, isso so depende do tipo de turismo que voce procura (aqui me refiro ao turismo europeu).

A capital do pais é Bruxelas, mas tenho como base nesse pais uma charmosa cidade chamada Namur.

Namur nao é muito grande, mas é cheia de Sãos Joses dos Pinhais em volta (nao sei se deu pra entender). É que existem alguns bairros/municipios ao redor do centro, que é Namur propriamente. Estou em um desses bairros, comendo queijos, bebendo vinho e comendo chocolate... É quase verdade, mas nao paramos muito em casa – com exceçao de hoje – e tambem viajamos por esses dias.

A melhor coisa de ter vindo para ca foi encontrar a Daia. Sim, porque mentir? Eu nao teria incluido a Belgica no meu roteiro se ela nao estivesse por aqui. O fato de eu ser recebida em um ambiente super acolhedor, cheio de gente alto astral e que come muito bem foi apenas um plus.

Namur é nossa base para as aventuras europeias. A cidade tem toda uma arquitetura antiga e bem conservada, com plantinhas floridas (embora o outono esteja aí).

A principal atraçao local fica no alto da cidade, a Cidadela (nao sei se é assim que se escreve): um castelo, um forte, um grande teatro a ceu aberto e uma vista panoramica da cidade.

Daria para fazer compras aqui, se eu nao tivesse entrado em um estado de racionamento intensivo para poder sobreviver ate o fim da viagem. E comer bem e barato tambem nao é muito difícil. Aqui também da para comer os deliciosos gaufres e os baguetes da frança, com preços mais amigos. Um lanche local é a batata frita com maionese vendida em cones de papelao. Curiosidade: a origem da batata frita nao se sabe se é francesa ou belga.

Ah! Namur tambem tem algo que eu eu adoro e tambem presenciei em Bruxelas: os carros param para o pedestre em quase todas as circunstancias. En grandes cidades, mesmo na educada Europa, isso nao é muito comum.



Castelo-restaurante em Namur. Foto: Gabriele Alves.

Vista matinal da cidade. Foto: Gabriele Alves.

Dizem que o povo de Namur é sossegado demais... Foto: Gabriele Alves.

Namur. Foto: Gabriele Alves.

Bélgica


Eu e a Daia na minha chegada.

Estou na Belgica desde segunda-feira. Muita coisa ja aconteceu desde entao.

Cheguei no ultimo dia de um grande Festival da cidade de Namur (uma hora de trem de Bruxelas), onde estou abrigada pela Daia e pela familia Boever, com a qual ela fez intercambio (no ensino medio – agora ela esta aqui fazendo um estagio como video-reporter de um site de noticias).

Pois bem, nao fugindo a regra das demais cidades europeias, festa aqui e regada a muita bebida, principalmente cerveja – mesmo porque, a Belgica produz centenas delas.

A fatiga, companheira de viagem nessa pos-metade do caminho, nao impediu que eu observasse uma peculiaridade, depois confirmada tambem em Bruxelas: o povo belga e incrivelmente simpatico. Ouvi dizer que os irlandeses eram simpaticos, mas os belgas, ao meu ver, sao ainda mais.

Simpatia, educaçao, receptividade sao marcantes na familia Boever. Estou, com a Daia, em uma casa com pai, mae e dois filhos adolescentes – respectivamente Arnaud, Pasquale, Lucas e Olivia.

Me comunico com eles em ingles, espanhol, frances, portugues... E uma festa. Mas a gente se entende. Em geral, consigo acompanhar as conversas em frances, mas nao sei falar muita coisa. Ate tenho aprendido, mas o que eu mais digo para as pessoas por aqui e: Je ne parle pas français (eu nao falo frances).

A Belgica para mim representou tambem alguma economia, porque nao gasto com hospedagem e as coisas sao ainda mais baratas do que em Paris. Veja bem, baratas porque meu parametro e o Reino Unido...

A Belgica é um pais de regime monarquico, muito bonito, relativamente pequeno, bilingue (frances e holandes, tambem um pouco de alemao) com um povo muito interessante e cheio de peculiaridades: maior ‘produtor’ de diamantes do mundo (graças a colonizaçao na Africa), tem chocolates realmente deliciosos e muitas cervejas (compete com a Alemanha). Esse pais, sede da Uniao Europeia, tem ainda um desentendimento interno, historico, entre as regioes flamenga e valã, que, na pratica, nao parece um grande problema atual. Como na frança, come-se muito queijo e bebe-se muito vinho.


- O teclado na França é diferente, peço desculpas pelos acentos irregulares, mas é que um simples acento agudo demanda um certo trabalho. Isso, junto com a posiçao diferente até das letras, a vontade e a necessidade de escrever um monte me desencoraja a gastar meu tempo na árdua tarefa da acentuação gráfica.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Paris

Após dias sem atualizar o blog, cá estou eu em uma parte mais continental da Europa.
Atravessei por uma balsa a parte do Atlântico que separa o Reino Unido da França em uma viagem cheia de atrasos, que somados, resultaram em três horas (atraso de saída do ônibus de Londres, atraso da balsa etc...). Foi um percurso bem longo, bem chato, que me deixou fisicamente e mentalmente enjoada, mas chegar em Paris à noite também tem sua recompensa. A cidade é muito bem iluminada. Até consegui ver a Torre Eiffel (meio de longe) brilhando, piscando e iluminando tudo.

Costa do Reino Unido, junto ao porto. Foto: Gabriele Alves.

Paris merece ser visitada, nem que seja para dizer que o povo é metido, que a Monalisa é pequena e blá blá blá.
Eu, particularmente, tive uma ótima impressão do local. Não sou autoridade no assunto, porque minha viagem foi de fim de semana, e não é possível fazer um julgamento muito profundo em tão pouco tempo, mas a viagem valeu a pena, e muito.

Pela primeira vez desde o início dessa viagem, que acaba de completar um mês, coloquei os pés em terras onde não sou capaz de compreender o idioma local. Divertido isso. Primeiro porque tive sorte. Tenho conseguido me comunicar sem grandes problemas em espanhol e em inglês - sempre me esforçando ao máximo para, pelo menos, ser educada na língua local.
Olá, bom dia, por favor, obrigada, com licença... Não custa demonstrar algum esforço. Fui recompensada. Existe uma lenda, não tão lenda assim, de que os franceses são avessos à comunicação em outra língua que não a deles. Talvez pela minha tentativa de comunicação em francês, fui muito bem tratada por todo mundo.
Nessa parte da viagem conheci duas pessoas interessantes: Uma polonesa, chamada Marlene, com quem conversei bastante no longo trajeto para Paris, e uma brasileira, paranaense, de Londrina, chamada Fernanda, que está estudando em Londres e me emprestou um adaptador de tomada no Hostel (porque em cada país é diferente).

Aqui não tem mais mão inglesa... O mundo deixou de ser ao contrário e as coisas passam a fazer mais sentido...
Surpreendentemente, a vida aqui também é um pouco mais barata (aleluia!!!) e eu posso relaxar um pouquinho (mas só um pouquinho!).

O que fiz eu em Paris no sábado e no domingo?
- um tour grátis – do mesmo grupo que fiz em Edimburgo (New Europe);
- visitei o Louvre e o D’Orsay (a Monalisa nem é assim tão pequena) - rumores de que nesse fim de semana os museus da cidade teriam entrada livre, mas isso não se confirmou na prática;
- Arco do Triunfo, Notre-Dame, Sena – todas as atrações do tipo fui-senão-não-posso-dizer-que-visitei-Paris;
- para uma vista panorâmica, ao invés de pagar para subir na Torre, subi gratuitamente no Centro Cultural Georges Pompidou, de onde pude tirar uma porção de fotos;
- almocei com a Dani – minha “caloura” do curso de comunicação.

Falando em comer... Comi muito. Além do farto almoço com a Dani, experimentei tudo o que me disseram ser típico (traduzindo: comida de turista, ou nem tanto): baguette, queijos finos, waffles, gaufres, crepe/galette e acho que ta bom, né... Foi só um fim de semana...

Franceses em siesta. Foto: Gabriele Alves.

Não fiquei muito tempo em Paris, um pouco porque não falo francês (e para conhecer de fato um lugar, conversar com os nativos faz toda a diferença) e também para vir logo para a Bélgica, onde estou agora, para planejar o restante da viagem.
Paris ficou para trás, a Bélgica fica para o próximo Post.

Dispensa legenda, mas vale dizer que o dia estava muito bonito. Foto: Gabriele Alves.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Segundo tchau

Amanhã vou para Paris. Devo passar quase o dia todo viajando, porque irei de ônibus. É possível que eu só atualize o blog novamente quando já estiver na Bélgica, a partir do dia 22.
...
Pela segunda vez me despeço provisoriamente de Londres. Da próxima vez que voltar para a cidade, em outubro, será para voltar para o Brasil.
Essa semana fiz alguns passeios bacanas por aqui. Nada assim muito desgastante, porque meu pé semi-torcido ainda está em fase de recuperação (e quase virei o mesmo pé de novo na rua hoje...).

Ontem fui até o Tate Modern, um museu de arte contemporânea muito importante aqui, na margem do Tâmisa, com entrada livre.
Visitei uma porção de museus aqui na Europa. Museus temáticos, de arte, de história, e todos valeram a pena. O Tate Modern, que estava na minha listinha de atrações, não poderia ser diferente. Explorei todo o espaço, assisti vídeos, gastei algumas horas lá e saí feliz.

Entrada do Tate Modern. Foto: Gabriele Alves.

Prédio do Tate, uma antiga estação de energia. Foto: Gabriele Alves.

Ali mesmo, perto do Tate, atravessei o Tâmisa para visitar a Catedral de St. Paul. Não fiz muita questão de entrar, porque já visitei várias igrejas com cúpulas enormes. A da Catedral de St. Paul é a segunda maior do mundo, perdendo apenas para uma catedral no Vaticano. Mas eu não sou muito de igrejas não. Gostei da imponência da parte de fora e preferi comprar cookies com parte do dinheiro que gastaria para entrar.

Vista da Catedral de St. Paul. Foto: Gabriele Alves.

Hoje fiz um passeio por um bairro comercial muito simpático aqui de Londres chamado Covent Garden. Ruas um pouco estreitas, lojas de todo o tipo e feiras em um ambiente bem acolhedor, com a vantagem de não ser tão cheio de gente quanto Piccadilly Circus, Oxford Street e Camden Market - outros locais para compras aqui em Londres.

Covent Garden Market. Foto: Gabriele Alves.

Agora é só ver no que vai dar minha visita à França sem saber falar Francês...
Por via das dúvidas, comi super bem aqui na casa dos meus tios essa semana, para caso eu passe períodos de adversidade em Paris...
Haha, brincadeira. Que eu comi bem, isso é verdade, mas eu vou arranhar um French por lá. Palavras como por favor, com licença e desculpe-me são mágicas e abrem um pouco as portas.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Ensaio das pombas


Foto: Gabriele Alves

Meu pé melhorou. Não estou 100%, mas caminho normalmente. A corrida é que vai ter que esperar...

...

A foto aí em cima é uma homenagem a essas habitantes do mundo todo. Não importa para onde eu vá, sempre tem umas pombinhas lutando pela sobrevivência. Ratos, baratas, pombos e humanos. Mas eu vejo mais pombos e seres humanos.

...

Agora possuo um passe de viagem de ônibus para o resto da minha viagem. Já considero minha entrada na fase final da mochila. Sexta-feira embarco para Paris. Depois Bélgica, onde devo passar um tempinho planejando a continuidade da viagem com a Daia (ela considera a possibilidade de viajar comigo - o que eu torço para acontecer). O caminho final, mais provável, será Alemanha, mas ainda não descartei a Espanha.
Brasil, dia 20 de outubro. Não sem antes um retorno à base em Londres, para gastar o resto do meu dinheiro - se ainda houver algum.

domingo, 14 de setembro de 2008

Again


Camden Market. Foto: Gabriele Alves

Estou novamente em Londres.
Hoje encontrei o Antonio (irmão do Zeca) e a Ana, brasileiros estabelecidos aqui, para um passeio dominical. Fomos ao Camden Market, bairro de feiras alternativas emendadas. Uma belezinha.
Comemos bastante e conversamos também.

Antes disso, pela manhã, saí para correr no parque perto da casa dos meus tios aqui. Tava tudo lindo e ótimo, não fosse o momento em que torci meu pé direito pela milésima vez na vida. Tá doendo, de verdade. Mas o tamanho do estrago eu só vou saber amanhã.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008


The spire, monumento em Dublin. Foto: Gabriele Alves.

Ontem, dia 11, passei o dia todo viajando. Saí de Galway pela manhã. Fui de ônibus até Dublin. Na estação peguei um ônibus direto até o aeroporto. Tomei um super chá de espera para o meu vôo para Londres, que atrasou um monte.
Cheguei no Reino Unido a partir do aeroporto de Stansted, que fica a 40 minutos de ônibus do centro de Londres. E tive que esperar uma hora pelo tal ônibus também...
No centro, última conexão, metrô até a casa do meu tio.

Aeroporto de Dublin. Foto: Gabriele Alves.

Irlanda

Fiquei uns dias sem atualizar o blog porque a internet é muito cara na Irlanda, em especial na cidade de Galway, onde estive nos últimos dias. A média de custo é de 1 Euro para cada 15min de uso. Só paguei para comprar passagens e fazer reservas.
Agora escrevo a partir de Londres. Estou de volta por uns dias para descansar o corpo, a mente, o orçamento e agilizar a continuação da expedição.
Pois bem, passei pouco tempo em Dublin e, certamente, não explorei tudo o que havia para ser feito - embora o entretenimento maior seja apenas beber em pubs.
Eu parti para a costa oeste em busca de paisagens diferentes. Quis sair um pouco das capitais para ver o interior, uma vida mais simples (quem sabe, mais barata - mas não aconteceu).
Gostei da minha escolha. Fiz passeios variados. Ainda não consigo evitar castelos no horizonte. Eles estão em todos os lugares, mas ainda não enjoei.

Tour na costa da Irlanda. Foto: Gabriele Alves.

Interior da Irlanda. Gado e pasto. Foto: Gabriele Alves.

Cliffs of Moher. Foto: Gabriele Alves.
Esta foto eu tirei alguns segundos antes de uma neblina e uma chuva intensa encobrirem totalmente a vista. Esse lugar é chamado de Cliffs of Moher, foi parte do Tour que fiz a partir de Galway. Mas esse passeio foi seriamente comprometido pelo mal tempo. Eu pretendia fazer uma travessia de barco para uma ilha, mas não foi possível por causa da chuva.
A vista que eu deveria ter, na verdade, era essa aí embaixo, que eu registrei a partir de um painel.
O tempo esteve tão, mas tão, ruim desde que cheguei em Dublin que não tinha nem coragem de tirar a câmera fotográfica da mochila.

Cliffs of Moher. Foto: Gabriele Alves.

Costa. Foto: Gabriele Alves.