domingo, 28 de setembro de 2008

Colônia

Ok, nao sei fazer acentos direito em teclados belgas...

Varios posts seguidos, para tirar o atraso.

Eu e a Daia fizemos uma pequena jornada sexta e sabado: acordamos cedo na sexta e fomos de trem ate Bruxelas; passamos o dia la (post anterior); dormimos na casa de parentes dos Boever (a familia em Namur); e partimos cedo (com uma carona arranjada em um site na internet) rumo a cidade de Colonia, na Alemanha (passando por um pedaço de estrada na Holanda); para, finalmente, no fim do dia, voltarmos podres para Namur. A Europa nao é mesmo tao grande, com exceçao da Russia.

Voltando ao assunto, a carona foi um esquema interessante qua a Daia arranjou. Fomos de carona ate Colonia com um cara chamado Mark. Pontual, nao fala pouco, nem muito e foi simpatico conosco. Ida e volta, sem problemas – mesmo poque, a carona nao saiu de graça, nos rachamos a gasolina.

Colonia: a cidade fica na Alemanha, logo, fala-se alemao... Estudei um pouco a lingua, mas bem pouco... Nao o suficiente para me sentir a vontade no comercio local ou entender as informaçoes turisticas no idioma local.

Colonia é uma cidade com muitas industrias, que mescla sem a menor harmonia construçoes romanas com igrejas goticas, predios da Microsoft e guindastes. Comparando com Namur, nao é muito bonita, mas tem o que mostrar ao visitante.

Primeiro, o rio Reno, que corta a cidade ao meio e segundo, a Catedral Dom, a mais alta construçao da cidade, a maior da Alemanha e uma das principais da Europa. Eu e a Daia gastamos bastante tempo explorando os vitrais da Catedral, acompanhando, meio sem querer, as missas da parte da manha e da tarde. A curiosidade local esta no nome da cidade: Colonia é a cidade onde foi criado o perfume Agua de Colonia. E a fragancia esta a venda em todo lugar.

Almoçamos em um restaurante chines, porque a Daia estava com vontade de comer Yakissoba. Agora, imagine voce, um brasileiro, em um restaurante chines na Alemanha, com um cardapio bilingue em: oras, chines e alemao. Nos ate pedimos o macarrao, mas comemos arroz com legumes...


Catedral Dom. Foto: Gabriele Alves.

Rio Reno e Dom. Foto: Gabriele Alves.

Carro eletrico para duas pessoas, comum nos paises por onde passei. Alemanha, polo na fabricaçao de autonoveis. Foto: Gabriele Alves.

Bruxelas

Bruxelas é a capital da Bélgica. Passei apenas um dia lá, mas fiquei com uma boa impressao.

Uma das melhores coisas para se experimentar na cidade sao doces feitos com uma bolachinha chamada Speculos. Dá para fazer isso na Bélgica inteira, mas existem mais opçoes em Bruxelas: o proprio biscoito, sorvete, chocolate, pudim, tiramissu, cobertura de gaufre, entre outros. Essa dica eu deveria ter colocado no post Bélgica, mas deixei passar. Muito bom.

Eu e a Daia visitamos a Mini Europa em Bruxelas. Um parque no melhor estilo DisneyWorld com grandes monumentos de paises integrantes da Uniao Europeia em miniatura. É meio caro para entrar (considerando minha situaçao financeira), mas vale pela quantidade de informaçoes que acompanham cada monumento, com direito a joguinhos interativos no final.

Mais a noite encotramos uma amiga da Daia aqui, a Delfine, que nos levou para um lanche bom e barato e nos acompanhou na visita aos pontos turisticos centrais da cidade.


O Grande Átomo, estrutura construída há 50 anos. Fica ao lado da Mini Europa. Foto: Gabriele Alves.

Mini Europa. Foto: Gabriele Alves.

Ó eu em Londres. Foto: Daiana Lopes.

Daia em Paris. Foto: Gabriele Alves.

Bruxelas à noite. Foto: Gabriele Alves.

Delfine e Daia com holofotes na praça. Foto: Gabriele Alves.

Brussels in fire lights. Foto: Gabriele Alves.

Bruges


Janela de uma das Begijnhof, ex-moradias de viuvas e anciaos e atuais moradias de freiras. Foto: Gabriele Alves.

Eu e a Daia visitamos Bruges, a Veneza Belga (salvo as devidas ressalvas), na quinta-feira, dia 25. A cidade guarda ainda a mesma cara medieval que tinha no seculo 12.

É preciso admitir que a cidade é romantica (e eu com a Daia... =) brincadeirinha). Fizemos uma day trip e nao é preciso mais do que isso mesmo. Vimos o qu havia para ser visto, fizemos um passeio de barco (nao de gondola) e tiramos muitas fotos.

Bruges tem muito de Holanda ja (comparaçao da Daia), ate as pessoas e o comportamento delas sao um pouco diferentes de Namur.

O bom de viajar com a Daia é que ela me obriga a tirar muitas e muitas fotos – ate acabar a bateria...


Praça central de Bruges, Markt. Foto: Daiana Lopes.

Eu e meu guia. Foto: Daiana Lopes.

Barcos nos canais da cidade. Foto: Gabriele Alves.

Chegada. Foto: Gabriele Alves.

Muitas bicicletas. Foto: Gabriele Alves.

Comercio local. Foto: Gabriele Alves.

Eu e a Daia em uma das varias lojas de chocolates (com desgustaçao gratis). Foto: Gabriele Alves.

Os pés. Foto: Daiana Lopes.

Namur


Foto: Gabriele Alves

Estou na Belgica, um pais nao menos turistico dos ate entao visitados – turistico no sentido de receber visitantes, porque nessa viagem percebi que qualquer lugar pode ser turistico, isso so depende do tipo de turismo que voce procura (aqui me refiro ao turismo europeu).

A capital do pais é Bruxelas, mas tenho como base nesse pais uma charmosa cidade chamada Namur.

Namur nao é muito grande, mas é cheia de Sãos Joses dos Pinhais em volta (nao sei se deu pra entender). É que existem alguns bairros/municipios ao redor do centro, que é Namur propriamente. Estou em um desses bairros, comendo queijos, bebendo vinho e comendo chocolate... É quase verdade, mas nao paramos muito em casa – com exceçao de hoje – e tambem viajamos por esses dias.

A melhor coisa de ter vindo para ca foi encontrar a Daia. Sim, porque mentir? Eu nao teria incluido a Belgica no meu roteiro se ela nao estivesse por aqui. O fato de eu ser recebida em um ambiente super acolhedor, cheio de gente alto astral e que come muito bem foi apenas um plus.

Namur é nossa base para as aventuras europeias. A cidade tem toda uma arquitetura antiga e bem conservada, com plantinhas floridas (embora o outono esteja aí).

A principal atraçao local fica no alto da cidade, a Cidadela (nao sei se é assim que se escreve): um castelo, um forte, um grande teatro a ceu aberto e uma vista panoramica da cidade.

Daria para fazer compras aqui, se eu nao tivesse entrado em um estado de racionamento intensivo para poder sobreviver ate o fim da viagem. E comer bem e barato tambem nao é muito difícil. Aqui também da para comer os deliciosos gaufres e os baguetes da frança, com preços mais amigos. Um lanche local é a batata frita com maionese vendida em cones de papelao. Curiosidade: a origem da batata frita nao se sabe se é francesa ou belga.

Ah! Namur tambem tem algo que eu eu adoro e tambem presenciei em Bruxelas: os carros param para o pedestre em quase todas as circunstancias. En grandes cidades, mesmo na educada Europa, isso nao é muito comum.



Castelo-restaurante em Namur. Foto: Gabriele Alves.

Vista matinal da cidade. Foto: Gabriele Alves.

Dizem que o povo de Namur é sossegado demais... Foto: Gabriele Alves.

Namur. Foto: Gabriele Alves.

Bélgica


Eu e a Daia na minha chegada.

Estou na Belgica desde segunda-feira. Muita coisa ja aconteceu desde entao.

Cheguei no ultimo dia de um grande Festival da cidade de Namur (uma hora de trem de Bruxelas), onde estou abrigada pela Daia e pela familia Boever, com a qual ela fez intercambio (no ensino medio – agora ela esta aqui fazendo um estagio como video-reporter de um site de noticias).

Pois bem, nao fugindo a regra das demais cidades europeias, festa aqui e regada a muita bebida, principalmente cerveja – mesmo porque, a Belgica produz centenas delas.

A fatiga, companheira de viagem nessa pos-metade do caminho, nao impediu que eu observasse uma peculiaridade, depois confirmada tambem em Bruxelas: o povo belga e incrivelmente simpatico. Ouvi dizer que os irlandeses eram simpaticos, mas os belgas, ao meu ver, sao ainda mais.

Simpatia, educaçao, receptividade sao marcantes na familia Boever. Estou, com a Daia, em uma casa com pai, mae e dois filhos adolescentes – respectivamente Arnaud, Pasquale, Lucas e Olivia.

Me comunico com eles em ingles, espanhol, frances, portugues... E uma festa. Mas a gente se entende. Em geral, consigo acompanhar as conversas em frances, mas nao sei falar muita coisa. Ate tenho aprendido, mas o que eu mais digo para as pessoas por aqui e: Je ne parle pas français (eu nao falo frances).

A Belgica para mim representou tambem alguma economia, porque nao gasto com hospedagem e as coisas sao ainda mais baratas do que em Paris. Veja bem, baratas porque meu parametro e o Reino Unido...

A Belgica é um pais de regime monarquico, muito bonito, relativamente pequeno, bilingue (frances e holandes, tambem um pouco de alemao) com um povo muito interessante e cheio de peculiaridades: maior ‘produtor’ de diamantes do mundo (graças a colonizaçao na Africa), tem chocolates realmente deliciosos e muitas cervejas (compete com a Alemanha). Esse pais, sede da Uniao Europeia, tem ainda um desentendimento interno, historico, entre as regioes flamenga e valã, que, na pratica, nao parece um grande problema atual. Como na frança, come-se muito queijo e bebe-se muito vinho.


- O teclado na França é diferente, peço desculpas pelos acentos irregulares, mas é que um simples acento agudo demanda um certo trabalho. Isso, junto com a posiçao diferente até das letras, a vontade e a necessidade de escrever um monte me desencoraja a gastar meu tempo na árdua tarefa da acentuação gráfica.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Paris

Após dias sem atualizar o blog, cá estou eu em uma parte mais continental da Europa.
Atravessei por uma balsa a parte do Atlântico que separa o Reino Unido da França em uma viagem cheia de atrasos, que somados, resultaram em três horas (atraso de saída do ônibus de Londres, atraso da balsa etc...). Foi um percurso bem longo, bem chato, que me deixou fisicamente e mentalmente enjoada, mas chegar em Paris à noite também tem sua recompensa. A cidade é muito bem iluminada. Até consegui ver a Torre Eiffel (meio de longe) brilhando, piscando e iluminando tudo.

Costa do Reino Unido, junto ao porto. Foto: Gabriele Alves.

Paris merece ser visitada, nem que seja para dizer que o povo é metido, que a Monalisa é pequena e blá blá blá.
Eu, particularmente, tive uma ótima impressão do local. Não sou autoridade no assunto, porque minha viagem foi de fim de semana, e não é possível fazer um julgamento muito profundo em tão pouco tempo, mas a viagem valeu a pena, e muito.

Pela primeira vez desde o início dessa viagem, que acaba de completar um mês, coloquei os pés em terras onde não sou capaz de compreender o idioma local. Divertido isso. Primeiro porque tive sorte. Tenho conseguido me comunicar sem grandes problemas em espanhol e em inglês - sempre me esforçando ao máximo para, pelo menos, ser educada na língua local.
Olá, bom dia, por favor, obrigada, com licença... Não custa demonstrar algum esforço. Fui recompensada. Existe uma lenda, não tão lenda assim, de que os franceses são avessos à comunicação em outra língua que não a deles. Talvez pela minha tentativa de comunicação em francês, fui muito bem tratada por todo mundo.
Nessa parte da viagem conheci duas pessoas interessantes: Uma polonesa, chamada Marlene, com quem conversei bastante no longo trajeto para Paris, e uma brasileira, paranaense, de Londrina, chamada Fernanda, que está estudando em Londres e me emprestou um adaptador de tomada no Hostel (porque em cada país é diferente).

Aqui não tem mais mão inglesa... O mundo deixou de ser ao contrário e as coisas passam a fazer mais sentido...
Surpreendentemente, a vida aqui também é um pouco mais barata (aleluia!!!) e eu posso relaxar um pouquinho (mas só um pouquinho!).

O que fiz eu em Paris no sábado e no domingo?
- um tour grátis – do mesmo grupo que fiz em Edimburgo (New Europe);
- visitei o Louvre e o D’Orsay (a Monalisa nem é assim tão pequena) - rumores de que nesse fim de semana os museus da cidade teriam entrada livre, mas isso não se confirmou na prática;
- Arco do Triunfo, Notre-Dame, Sena – todas as atrações do tipo fui-senão-não-posso-dizer-que-visitei-Paris;
- para uma vista panorâmica, ao invés de pagar para subir na Torre, subi gratuitamente no Centro Cultural Georges Pompidou, de onde pude tirar uma porção de fotos;
- almocei com a Dani – minha “caloura” do curso de comunicação.

Falando em comer... Comi muito. Além do farto almoço com a Dani, experimentei tudo o que me disseram ser típico (traduzindo: comida de turista, ou nem tanto): baguette, queijos finos, waffles, gaufres, crepe/galette e acho que ta bom, né... Foi só um fim de semana...

Franceses em siesta. Foto: Gabriele Alves.

Não fiquei muito tempo em Paris, um pouco porque não falo francês (e para conhecer de fato um lugar, conversar com os nativos faz toda a diferença) e também para vir logo para a Bélgica, onde estou agora, para planejar o restante da viagem.
Paris ficou para trás, a Bélgica fica para o próximo Post.

Dispensa legenda, mas vale dizer que o dia estava muito bonito. Foto: Gabriele Alves.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Segundo tchau

Amanhã vou para Paris. Devo passar quase o dia todo viajando, porque irei de ônibus. É possível que eu só atualize o blog novamente quando já estiver na Bélgica, a partir do dia 22.
...
Pela segunda vez me despeço provisoriamente de Londres. Da próxima vez que voltar para a cidade, em outubro, será para voltar para o Brasil.
Essa semana fiz alguns passeios bacanas por aqui. Nada assim muito desgastante, porque meu pé semi-torcido ainda está em fase de recuperação (e quase virei o mesmo pé de novo na rua hoje...).

Ontem fui até o Tate Modern, um museu de arte contemporânea muito importante aqui, na margem do Tâmisa, com entrada livre.
Visitei uma porção de museus aqui na Europa. Museus temáticos, de arte, de história, e todos valeram a pena. O Tate Modern, que estava na minha listinha de atrações, não poderia ser diferente. Explorei todo o espaço, assisti vídeos, gastei algumas horas lá e saí feliz.

Entrada do Tate Modern. Foto: Gabriele Alves.

Prédio do Tate, uma antiga estação de energia. Foto: Gabriele Alves.

Ali mesmo, perto do Tate, atravessei o Tâmisa para visitar a Catedral de St. Paul. Não fiz muita questão de entrar, porque já visitei várias igrejas com cúpulas enormes. A da Catedral de St. Paul é a segunda maior do mundo, perdendo apenas para uma catedral no Vaticano. Mas eu não sou muito de igrejas não. Gostei da imponência da parte de fora e preferi comprar cookies com parte do dinheiro que gastaria para entrar.

Vista da Catedral de St. Paul. Foto: Gabriele Alves.

Hoje fiz um passeio por um bairro comercial muito simpático aqui de Londres chamado Covent Garden. Ruas um pouco estreitas, lojas de todo o tipo e feiras em um ambiente bem acolhedor, com a vantagem de não ser tão cheio de gente quanto Piccadilly Circus, Oxford Street e Camden Market - outros locais para compras aqui em Londres.

Covent Garden Market. Foto: Gabriele Alves.

Agora é só ver no que vai dar minha visita à França sem saber falar Francês...
Por via das dúvidas, comi super bem aqui na casa dos meus tios essa semana, para caso eu passe períodos de adversidade em Paris...
Haha, brincadeira. Que eu comi bem, isso é verdade, mas eu vou arranhar um French por lá. Palavras como por favor, com licença e desculpe-me são mágicas e abrem um pouco as portas.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Ensaio das pombas


Foto: Gabriele Alves

Meu pé melhorou. Não estou 100%, mas caminho normalmente. A corrida é que vai ter que esperar...

...

A foto aí em cima é uma homenagem a essas habitantes do mundo todo. Não importa para onde eu vá, sempre tem umas pombinhas lutando pela sobrevivência. Ratos, baratas, pombos e humanos. Mas eu vejo mais pombos e seres humanos.

...

Agora possuo um passe de viagem de ônibus para o resto da minha viagem. Já considero minha entrada na fase final da mochila. Sexta-feira embarco para Paris. Depois Bélgica, onde devo passar um tempinho planejando a continuidade da viagem com a Daia (ela considera a possibilidade de viajar comigo - o que eu torço para acontecer). O caminho final, mais provável, será Alemanha, mas ainda não descartei a Espanha.
Brasil, dia 20 de outubro. Não sem antes um retorno à base em Londres, para gastar o resto do meu dinheiro - se ainda houver algum.

domingo, 14 de setembro de 2008

Again


Camden Market. Foto: Gabriele Alves

Estou novamente em Londres.
Hoje encontrei o Antonio (irmão do Zeca) e a Ana, brasileiros estabelecidos aqui, para um passeio dominical. Fomos ao Camden Market, bairro de feiras alternativas emendadas. Uma belezinha.
Comemos bastante e conversamos também.

Antes disso, pela manhã, saí para correr no parque perto da casa dos meus tios aqui. Tava tudo lindo e ótimo, não fosse o momento em que torci meu pé direito pela milésima vez na vida. Tá doendo, de verdade. Mas o tamanho do estrago eu só vou saber amanhã.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008


The spire, monumento em Dublin. Foto: Gabriele Alves.

Ontem, dia 11, passei o dia todo viajando. Saí de Galway pela manhã. Fui de ônibus até Dublin. Na estação peguei um ônibus direto até o aeroporto. Tomei um super chá de espera para o meu vôo para Londres, que atrasou um monte.
Cheguei no Reino Unido a partir do aeroporto de Stansted, que fica a 40 minutos de ônibus do centro de Londres. E tive que esperar uma hora pelo tal ônibus também...
No centro, última conexão, metrô até a casa do meu tio.

Aeroporto de Dublin. Foto: Gabriele Alves.

Irlanda

Fiquei uns dias sem atualizar o blog porque a internet é muito cara na Irlanda, em especial na cidade de Galway, onde estive nos últimos dias. A média de custo é de 1 Euro para cada 15min de uso. Só paguei para comprar passagens e fazer reservas.
Agora escrevo a partir de Londres. Estou de volta por uns dias para descansar o corpo, a mente, o orçamento e agilizar a continuação da expedição.
Pois bem, passei pouco tempo em Dublin e, certamente, não explorei tudo o que havia para ser feito - embora o entretenimento maior seja apenas beber em pubs.
Eu parti para a costa oeste em busca de paisagens diferentes. Quis sair um pouco das capitais para ver o interior, uma vida mais simples (quem sabe, mais barata - mas não aconteceu).
Gostei da minha escolha. Fiz passeios variados. Ainda não consigo evitar castelos no horizonte. Eles estão em todos os lugares, mas ainda não enjoei.

Tour na costa da Irlanda. Foto: Gabriele Alves.

Interior da Irlanda. Gado e pasto. Foto: Gabriele Alves.

Cliffs of Moher. Foto: Gabriele Alves.
Esta foto eu tirei alguns segundos antes de uma neblina e uma chuva intensa encobrirem totalmente a vista. Esse lugar é chamado de Cliffs of Moher, foi parte do Tour que fiz a partir de Galway. Mas esse passeio foi seriamente comprometido pelo mal tempo. Eu pretendia fazer uma travessia de barco para uma ilha, mas não foi possível por causa da chuva.
A vista que eu deveria ter, na verdade, era essa aí embaixo, que eu registrei a partir de um painel.
O tempo esteve tão, mas tão, ruim desde que cheguei em Dublin que não tinha nem coragem de tirar a câmera fotográfica da mochila.

Cliffs of Moher. Foto: Gabriele Alves.

Costa. Foto: Gabriele Alves.

domingo, 7 de setembro de 2008

7 de setembro

Dublin amanheceu mais bonita hoje, com sol e um pouco menos de frio. Domingo feliz para a populacao, que saiu em massa pelas ruas rumo aos pubs para assistir a um jogo, que confesso nao lembrar o nome agora.
Para mim, indiferente ao resultado, o mais importante era visitar a Catedral de Sant Patrick e comprar uma passagem de onibus para Galway, no litoral, onde pretendo fazer alguns passeios tipicos da costa litoranea. Tambem tentei ir a uma destilaria, mas nao encontrei o lugar. E tambem nao me importei muito, porque nao fazia muita questao.

Noite passada passei por apuros. Estava bem frio e eu estava tossindo muito. Nao estou doente, mas a ventania toda acabou me deixando quase que totalmente sem voz. A unica coisa que eu queria era tomar um bom banho quente e dormir - apesar de todo mundo no Hostel estar se arrumando para as baladas daqui. Que desengano... Nesse Hostel, que e uma mansao bem antiga, meio mal assombrada, escura e gigante, nao ha chuveiros convencionais. O `chuveiro` e composto por uma pequena saida de agua, como um chuveiro bem, bem, fraquinho, que nao fica ligado. Ele possui um botao, como as toneiras que sao programadas para alguns segundos de agua. Da pra acreditar? Nao da para tomar nenhum banho descente desse jeito. Voce precisa ficar apertando o maldito botao a cada, sei la, 10 segundos...
E meu castigo nao acabou por ai. Lembra quando eu disse que tomei sem querer o suco de alguem no Hostel de Edimburgo? Pois bem, alguem me surrupiou uma deliciosa ricota aqui... Sacanagem.

Amanha abro mao de capitais para uns passeios mais light e campestres. Galway, ainda na Irlanda, deve ser a proxima parada.

Vista noturna do quarto do Hostel. Foto: Gabriele Alves

sábado, 6 de setembro de 2008

Dublin

Eu moraria na Europa, com certeza. A qualidade de vida aqui e bem interessante. Mas que terrinha mais fria...
Sai de Edimburgo direto para Dublin. Saindo do Reino Unido tive que enfrentar uma nova imigracao. E o cara nao foi muito generoso no carimbo. Perguntou quando eu sairia da Irlanda. Eu disse que no dia 16 de setembro. E ele carimbou para 16 de setembro o meu limite de estadia por aqui.
Na hora fiquei meio frustrada, mas logo que sai do aeroporto eu comecei a achar que nem iria usar os 11 dias... Frio, vento, chuva... E eles dizem que isso e fim de verao.
Em Edimburgo eu achei que estava frio, mas aqui esta muito, mas muuuito mais. Em Londres todo mundo diz que venta muito. E e verdade. Mas aqui venta mais e com mais forca. Chove tambem. Quando cheguei tava caindo um aguaceiro. E ja no aeroporto tive que sair do aviao debaixo de uma chuva torrencial. Tudo bem, admito que comeco a me acostumar.
O mal tempo tambem comprometeu a qualidade do voo. O pouso foi assustadoramente ruim, com o aviao balancando de um lado para o outro, quase rodando na pista. Mas isso ja e outra historia. Acontece muita coisa, nao da para contar tudo por aqui, infelizmente.

Me acostumei com muitas coisas aqui. Agora ja ensino pessoas a usar o fogao no hostel, fazer ligacoes locais e internacionais, como pegar metro, entre outras coisas.

Sinto falta de: um laptop. Pagar internet e um saco, mas tem wireless em todo o lugar. Em Edimburgo eu usava de graca os computadores da biblioteca da cidade - como fazia quando estive nos EUA - mas aqui nao descobri esse recurso. Tambem precisava de um pouco mais de dinheiro para fazer tudo que coloquei em mente, mas a vida e dura.

O Euro ainda nao me deixou feliz. O cambio da libra sempre desfavorece as financas e as coisas sao bem caras aqui tambem. Sem folga. A vida continua dura e cara. Ja tinha sido precavida sobre isso, mas ainda tinha uma esperanca de que aqui fosse melhor.

Pois bem, ontem o vento quebrou o guarda-chuva de muita gente aqui, inclusive o meu. Comprei um novo hoje, mas cheguei a conclusao de que ele nao ajuda muito. Da mais trabalho administrar o vento no guarda-chuva do que a chuva em si. Nao estou exagerando. Aqui venta muito e venta forte, constantemente.

Ontem tambem aconteceu uma coisa muito boa e inusitada. Logo que cheguei na cidade fui encontrada aleatoriamente na rua pelo Daniel Tozzini. Ele me obrigou a tirar fotos de turista e depois fomos na casa do Leonardo, que tambem e um amigo do Brasil. O Daniel voltou de madrugada para o Brasil e o Leo mora aqui, vai casar, ta gravido... Entao ta por ai ainda.

Ontem dormi em um Hostel, hoje mudei para outro, ambos bem localizados, em predios estilo mansao antiga - tive que subir quatro generosos lances de escada carregando a bagagem para o meu quarto.

Ontem, ainda, fui a mais de um pub, ouvi musica tipica irlandesa e comi um hamburguer vegetariano.

Hoje foi a um museu de arte e outro com a historia da Irlanda e quase me perdi, de verdade. Descobri que os museus de historia locais explicam mais do que os guias - e geralmente sao de graca... E os de arte, geralmente tambem sao de graca, e sempre me apetecem.


Foto: Daniel Tozzini

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Vovo Guida


Foto: Gabriele Alves

Meu ultimo dia em Edimburgo. Confesso que nunca pensei, em toda a minha vida, que um dia eu viria para a Escocia. Mas gostei muito, tem sido muito interessante. A cultura aqui e bem forte, diferente da Inglaterra.
A Escocia tem um historico de luta pela liberdade. A Inglaterra resgatou o pais de periodos bastante dificeis, sendo que a parte da cidade conhecida como New Town e resultado de investimentos ingleses no local. No entando, os escoceses ainda tentam manter distancia da rainha.
Um dia essa distancia sera de fato geografica. O terreno sob a cidade e pedregoso e irregular, cheio de montanhas, por ser de natureza vulcanica. Reza a lenda que um dia a Escocia estara separada da Inglaterra daqui uns 3000 anos (!) por uma fenda entre duas placas tectonicas.

Em Londres e aqui me sinto muito bem em minha pele. A maior parte das pessoas e alta. Eu nao me acho alta aqui. E ate parece que sou meio bronzeada, considerando a cor media da pele das pessoas aqui. Em Londres nem tanto, porque ha muitos africanos la, mas aqui sim. Todo mundo meio transparente.

A proposito, uma coisa interessante aqui da Europa, pelo menos nas duas capitais que visitei, e que eles estao muito acostumados aos milhares de turistas que diariamente infestam as cidades. E tratam a gente muito bem. Sao muito prestativos.

Hoje acordei meio Vovo Guida (historia infantil de uma senhora muito, mas muito, distraida - so do I). Pela manha descobri que a chave da minha mala tinha caido por uma fenda dentro do locker de uma colega de quarto. Tive que esperar ela acordar para continuar o dia. Mas fiquei aliviada, porque estava com medo de ter trancado a chave dentro da mala...
Depois, fui tomar cafe da manha e tomei parte do suco de um estranho... Tomei dois copos de um suco de maca ate me dar conta de que deveria estar tomando o suco errado porque o meu era de abacaxi... Ok, mas a embalagem era bem parecida. A gente coloca nome nas coisas, mas quem disse que a Vovo Guida presta a atencao nesses detalhes?

Amanha de manha chego em Dublin. Euro. Espero sinceramente que a minha vida se torne mais barata.

Ai, ai... Eu queria ter um laptop aqui. A internet gratuita so dura uma hora e tenho muito o que fazer, nao consigo me dedicar adequadamente ao blog. Uma pena, tenho muito a dizer, e e claro que vou esquecer boa parte por nao registrar...


Old Town. Foto: Gabriele Alves

Castelo de Edimburgo. Foto: Gabriele Alves

Pra quem tem saudades.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Vagando e divagando


Foto: Gabriele Alves

Partirei de Edimburgo para Dublin na sexta pela manha. Explorei tudo o que queria por aqui, eu acho. Tem feito bastante frio, chove todos os dias, mas eu to estou gostando. O Hostel e razoavelmente bom e as pessoas sao legais, isso ajuda bastante. Uma das minhas colegas de quarto, a Romena, da Nova Zelandia, tem sido minha companheira nas refeicoes.
Cheguei em Edimburgo atrasada... Gostaria de ter vindo antes para pegar um restinho do festival de artes deles aqui. E uma festa importante, tem o Fringe, um festival de Jazz e mais um monte de coisas para resgatar a cultura local. Perdi, mas depois que vi os precos percebi que nao teria aproveitado muita coisa de qualquer forma...
O passeio padrao aqui em Edimburgo e a visita ao Castelo que fica na parte mais alta da cidade. Fui ate la e gostei do que vi. A cidade, de uma forma geral, e cheio de historias macabras. Toda a historia da Escocia e recheada de guerras, morte, traicao, conspiracao, paranormalidade, lendas e morte, morte, morte, fogueira, assassinatos, morte... Mas o castelo hoje e para turistas mesmo. Ainda bem. Tentei acompanhar a visita guiada, mas dessa vez nao foi possivel. O guia era Escoces, o que significa que eu nao entendia quase nada do que ele falava. Teria me esforcado mais se no final nao tivesse que dar dinheiro. Achei que acabaria pagando, mesmo sem receber as informacoes e desisti. Sozinha o passeio 'rendeu'.
Preparando a viagem para Dublin me desfiz de algumas posses. E preciso, porque o limite de bagagem e pequeno. E eu estava mesmo achando que nao precisava de tudo o que trouxe. Nao que eu tenha trazido muita coisa, mas a minha mala era para dois meses em Londres, em um apartamento. Agora que sou meio mochileira preciso economizar peso. Essa vida cansa. Ando meio no bagaco, mas estou feliz.
Hoje tomei um chocolate quente. Amanha devo tomar um chocolate branco quente e tenho me esforcado para comer direito. O motivo e bem simples. Estou com medo de ficar doente aqui. Muito frio.
Bom, acho que e isso. Mais informacoes em breve.


Foto: Gabriele Alves

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Ueba!

Ok, agora que me sinto mais acolhida aqui em Edimburgo admito que gostei da cidade. Hoje tomei o cafe da manha do albegue e sai para um tour gratuito (nao e tao de graca porque no fim voce e coagido a dar algum dinheiro) e foi muito bom. Conheci muitas coisas que nao teria conhecido se fizesse o passeio sem a guia.
Por sorte e tambem por coerencia da parte dos organizadores do tour, a guia nao era escocesa, era canadense. Digo isso porque o ingles escoces ninguem entende, alem dos nativos.
Nesse tour fiz uma amiga, uma moca chamada Monica, de Budapeste. Ela esta aqui como Au Pair, mas fala ingles muito mal a coitada. Ate parecia que eu falava alguma coisa quando conversei com ela. Dividimos um macarrao no almoco e me despedi dela mais no fim do dia.
Encontrei uma loja de coisas de danca do ventre aqui (finalmente) e fiz uma aquisicao. Comprei uma espada de danca, que precisarei explicar nos aeroportos que nao se trata de uma arma.
Tambem visitei uma galeria de arte, pequena, mas na medida. Porque aqui tem muitos museus e muitas galerias, mas elas sao tao grandes e maravilhosas que ate cansa... Serio mesmo. O legal desse museu que eu fui, que e a Galeria Nacional da Escocia, e que, alem dos pintores renomados, ela exibe pintores escoceses. A gente nunca ouviu falar, mas a tematica deles e local e, por isso, interessante. Nos quadros as pessoas estao usando os `Kilts`, a vestimenta escocesa que conhecemos como tradicional.
A verdade e que ninguem usa isso aqui, apesar de as lojas estarem abarrotadas delas para os turistas. So pessoas uniformizadas, a trabalho, e um arabe de turbante cruzaram meu caminho com o traje...
Fotos, algumas de dias atras:
Ainda em Londres, eu e a Gi em um sabado ensolarado.
Chegada do trem em Oxford.
Recepcao nublada em Edimburgo.
Lojas de turistas. Detalhe nos singelos precos.
Fotos: Gabriele Alves