terça-feira, 28 de outubro de 2008

Voltei

Faz uma semana que voltei para Curitiba. E posso dizer que estou feliz com isso. A Europa é muito legal, as paisagens são charmosas, a segurança pública de lá nem se compara com a nossa, as pessoas são mais altas e o dinheiro vale mais. Porém, é aqui que me sinto em casa.
E é aqui também que tento cumprir meu papel de cidadã. Estudei em escola pública na infância e cursei uma universidade pública. A sociedade pagou minha formação, acho meio injusto doar minha força de trabalho para a Europa que enriqueceu explorando o Terceiro Mundo. Acho tão injusto, quanto acho esse argumento piegas e as tomadas diferentes em cada país uma idiotice.

A verdade é que sinto mesmo muita falta das pessoas que moram aqui.

Não quero deixar esse Blog morrer só porque a viagem acabou. Vou fazer o possível para encontrar um novo foco e perpetuá-lo.
Paris. E o que Paris tem a ver com isso tudo? Oras, Paris sempre vale a pena. Foto: Gabriele Alves.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Brasil


Foto: Gabriele Alves.

Longa viagem.
Hoje, dia 20, volto para casa.
Tenho uma conexão em São Paulo que vai me fazer esperar um pouco. A previsão de chegada é na terça, lá por umas 12h40.

Bye, bye, London. Bye, bye, Europe.
Espero vir para cá novamente em uma outra oportunidade.

Brasil, desemprego, emprego. Chega de fazer de conta que tô podendo.
Lá vou eu novamente, com uma nova mente.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

UK

Agora é oficial. Volto para o Brasil no dia 20. Emocionante! Pelo menos para mim. Saudades já.
Deixei a Espanha sem muita tristeza, apesar de ter gostado muito do país.
Fiz uma longa viagem (28 horas) de ônibus até Londres. Passei pela imigração com algum embaraço, mas tudo resolvido rapidamente.
Em Madrid consegui fazer tudo o que queria, com direito a surpresas positivas: visitei, tirei fotos, comi e bebi coisas típicas, fui a uma casa noturna de Jazz (com a Daia e o Matteo, amigo dela) e, de quebra, curti uma Daniela Mercuri...
Pois então... Dia 12, Madrid comemorou pelas ruas o Dia da Espanha e a chegada de Colombo à América. Além das paradas militares oficiais e do reforço da segurança por medo do ETA (que recentemente voltou a se manifestar por meio de alguns assassinatos), havia também um tal de Festival da América - uma parada com desfile de grupos de imigrantes que vivem na Espanha.
Eu e a Daia demos uma olhada em alguns grupos - colombianos, argentinos... - daí entramos no Museu do Prado para ver As Meninas, de Velásquez, e o Jardim das Delícias. Quando saímos, demos de cara com o bloco brasileiro, que era nada mais, nada menos, do que um trio elétrico comandado pela Daniela Mercuri. O mais animado e o mais legal de todos os que vimos, certamente.
Muitos brasileiros vivem na Espanha, muitos em Madrid, e acho que grande parte destes estava lá. O povo se sentiu no carnaval da Bahia. E a performace da moça, nem tão moça, impressiona, mesmo para quem não gosta. É, no mínimo, respeitável. Energia pra dar e vender. E um portunhol engraçadíssimo. Uma surpresa boa.

Agora, só Londres. Mas não pretendo fazer nada demais por aqui. Só arrumando as malas mesmo...

Barcelona. Paque Güell. Foto: Gabriele Alves.

Madrid e a estátua do urso com a árvore de blueberry, um dos símbolos da cidade. Foto: Gabriele Alves.

Dançarino em apresentação de flamenco. Foto: Gabriele Alves.

Parque do Bom Retiro. Madri. Foto: Gabriele Alves.

Daniela Mercuri. Foto: Gabriele Alves.

sábado, 11 de outubro de 2008

!Olé¡

Dias bem aproveitados em Madri.
Provei uma deliciosa paella vegetariana, acompanhada de uma Sanguia (vinho doce com frutas cítricas, servido gelado), assisti a uma apresentaçao de dança flamenca, contemplei a Guernica, de Picasso, no Museu da Rainha Sofia, e dei uma volta no Parque do Bom Retiro.
Tudo isso, com direito a dormir bastante também, porque confesso que a essa altura do campeonato, já estou meio cansada.
Fiz compras também, apesar de essa fase ser de economia de guerra. Roupas e instrumentos para dança do ventre, vestidos, bebidas típicas... Nada demais, bons achados.
Amanha e segunda tem mais, mas a aventura está se aproximando do fim. Que pena, e que bom. Saudades de casa.
As fotos eu ainda fico devendo. Talvez amanha.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

España

Sí, cá estoy. En Madrid.
A cidade em si nao é assim muito bonita e nem tao plana quanto minhas cansadas pernas esperavam, mas tem várias praças (nem sempre arborizadas ou com grama) e muitos prédios históricos para ver e fotografar.
História aqui, como em toda a Europa, é o que há. A Espanha é um país com um povo muito bacana, mas que já passou por poucas e boas. Só para constar: Inquisiçao, Guerra Civil e atentados terroristas (o último em Madrid, em 2004) - o ETA anunciou um cessar fogo permanente, mas os cuidados com segurança aqui ainda merecem atençao especial do poder público.
A Espanha também é a terra de Cervantes e de Don Quixote, de Picasso, da dança flamenca e das polêmicas touradas... Por sorte, a temporada de touradas deste ano já terminou. Se nao mato um bicho nem para comer, quem dera para me divertir...
Enfim, foco em Madrid. Capital interessante para uma visita de fim de semana, sem necessidade de muito mais do que isso. Eu vou ficar mais, para descansar, mas nao há tanto assim o que fazer. Barcelona é bem mais legal. Eu fiz um programa de visitaçao. Ontem acabei por visitar e fazer tudo o que tinha planejado para dois dias em apenas uma tarde...
Madrid está em obras, assim como todas as outras capitais que visitei. Cidades antigas precisam de constantes reformas e nem os espaços turísticos escapam dessa máxima.
Para quem nao precisa se preocupar com dieta, há muito o que comer também. O Menú del Dia inclui Primer Plato, Segun Plato, Postre (sobremesa) e Bebida a partir de 6 Euros, custando, no máximo, 12.
Também estao em todos os lugares as tapas e bocadillos (lanches variados), além dos churros, nas mais variadas formas.
O clima nao está tao ameno quanto estava em Barcelona (apesar de meu último dia nessa cidade ter sido bem chuvoso e meio frio). Hoje, por exemplo, amanheceu chovendo - contrariando a previsao do tempo. O frio é constante, pela posiçao geográfica da cidade e pela estaçao do ano.
Madrid nao me parece a cidade com melhor qualidade de vida para morar, mas é bacana para uma visita. As coisas sao relativamente mais baratas do que em outros lugares por onde passei. O transporte está incluído nessa. As passagens simples de metrô, por exemplo, custam 1 Euro. Cheguei a pagar 2,10 em Berlim.
A internet é gratuita aqui no Hostel, mas nao tem entrada USB nos PCs... Logo, sem fotos por enquanto.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Madrid

Abandonei as lindas praias do Mediterrâneo e cá estou eu em Madrid.
Acabei de chegar, logo, nao tenho fotos, nem muitas novidades. Mas a primeira impressao foi bem boa. A capital é grande, movimentadíssima (tanto no fluxo de pedestres, quanto no de veículos) e há bastante coisa para fazer.
Saio daqui na segunda-feira, dia 13 (nao tem nenhum ônibus antes disso), e sigo para Londres, já arrumando as malas para voltar para a terra natal.
Por enquanto, é só. Mas amanha já devo colocar fotinhas e contar os bafons espanhóis.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Fuetos


Barcelona tem muitos monumentos coloridos, modernos, surrealistas. Este é de Miró, na Praça de Juan Miró. Foto: Gabriele Alves.

Fachada de prédio de Antonio Gaudí. La Pedrera. Foto: Gabriele Alves.

Igreja da Sagrada Família, também projetada por Gaudí, com previsao de término para 2084! Serao 18 torres. Por enquanto sao 8... O início das obras nao tenho bem certeza agora, mas foi no início do século XX, se nao me engano. Foto: Gabriele Alves.

Eu turista. Foto: Turista anônima.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Barcelona


Foto: Gabriele Alves

Extra! Extra! Consegui fugir para a Espanha!
Sim! Após duas noites mal dormidas em ônibus noturnos ao lado de gordos (realmente gordos), cheguei onde eu queria.
Por que eu queria tanto vir para a Espanha? Cara, olha essa foto aí em cima. Eu precisava sair um pouco da rota do vento frio. Eu estava meio cansada já. Mudar os ares renovou meu ânimo.
Barcelona é uma cidade muito interessante. É bonita, tem uma história legal, monumentos de arquitetura muito original - a maior parte de Antonio Gaudí - e um povo muito parecido com o nosso.
Como nem tudo é perfeito, os problemas daqui se assemelham também aos nossos. Aqui tem mais pobreza, mais mendigo, mais pedintes e já nao é tao tranqüilo, por exemplo, comer na rua.
Mas ainda assim, Barcelona - cheia de turistas - é uma cidade festeira, com uma gastronomia muito variada e muita coisa para fazer e ver. Daria até para ficar mais tempo aqui, mas devo permanecer apenas por mais uns dois ou três dias. Después, Madrid.

Ah! Quase me esqueci... A língua. Barcelona é bilíngue. Habla-se o espanhol castelhano - oficial - e também o catalao - também oficial, no fim das contas. Isso nao é, de forma alguma, um problema para um brasileiro. Mas eu, no início, só conseguia falar inglês. Sério mesmo! Meu cérebro sofreu um colapso.
Tudo começou quando saí do Reino Unido... Em Paris, me esforçei bravamente para me comunicar no idioma local com as pessoas, e também usei o espanhol e o inglês. Quando fui para a Bélgica, as coisas ficaram ainda mais complicadas, porque eu precisava me esforçar para entender o francês, me comunicar em inglês ou espanhol e ainda ligar o botao do português para falar com a Daia. Ufa!
Quando cheguei em Berlim, o colapso foi total... Alemao... Eu estudei um pouco, mas só um pouco. Alemao, inglês, espanhol, francês, português, italiano, ouvi de tudo lá. Minha cabeça quase explodiu - nossa, que exagero.
Em Barcelona, ainda nao consegui ligar o botaozinho do espanhol... Ainda estou meio perdida. Claro que eu entendo, mas na hora de falar dou uma travada. Isso começou para valer na Bélgica e acabou que agora nao consigo falar nada direito...
Ok, ok, já está passando, pelo menos ainda tenho o português...

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Berlim

Berlim é uma aula de história. Cheguei aqui ontem e já estou craque em Primeira e Segunda Guerras Mundiais e Guerra Fria. Nao há como negar, Berlim é uma cidade marcada pelos acontecimentos do passado mais do que as demais grandes capitais da Europa - na parte ocidental, pelo menos.
Minha primeira impressao do local nao foi lá muito boa. Estava muito frio, ventando e chovendo demais. Hoje só nao teve a chuva, mas isso já melhora imensamente as coisas.
Além disso, eu ainda estava com o coracao meio partido de ter abandonado a acolhedora Bélgica para me aventurar nas frias terras alemas... Sabia que visitar a cidade seria mergulhar em um clima bélico - e guerra nao é exatamente meu tema preferido.
De qualquer forma, foi muito bom estar aqui, porque desfiz meus preconceitos e imagino que vou sair da cidade com uma imagem bastante positiva.
Amanha é feriado aqui, mas também é dia de partir, logo, isso perde um pouco a importância para mim. A parte boa é que vou deixar esse Hostel horroroso no qual me hospedei, a parte ruim é que a minha jornada ainda é incerta... Por causa do passe de ônibus que comprei para viajar, dependo de escalas estranhas e tenho limitacoes a rodo. Para chegar em Barcelona terei que dar uma passada em Paris. E espero conseguir ir para Barcelona no mesmo dia... Torcam por mim! Senao, perderei um dia de Hostel - já reservado...
As fotos de Berlim eu fico devendo, por enquanto. Mas elas existem, eu juro.

domingo, 28 de setembro de 2008

Colônia

Ok, nao sei fazer acentos direito em teclados belgas...

Varios posts seguidos, para tirar o atraso.

Eu e a Daia fizemos uma pequena jornada sexta e sabado: acordamos cedo na sexta e fomos de trem ate Bruxelas; passamos o dia la (post anterior); dormimos na casa de parentes dos Boever (a familia em Namur); e partimos cedo (com uma carona arranjada em um site na internet) rumo a cidade de Colonia, na Alemanha (passando por um pedaço de estrada na Holanda); para, finalmente, no fim do dia, voltarmos podres para Namur. A Europa nao é mesmo tao grande, com exceçao da Russia.

Voltando ao assunto, a carona foi um esquema interessante qua a Daia arranjou. Fomos de carona ate Colonia com um cara chamado Mark. Pontual, nao fala pouco, nem muito e foi simpatico conosco. Ida e volta, sem problemas – mesmo poque, a carona nao saiu de graça, nos rachamos a gasolina.

Colonia: a cidade fica na Alemanha, logo, fala-se alemao... Estudei um pouco a lingua, mas bem pouco... Nao o suficiente para me sentir a vontade no comercio local ou entender as informaçoes turisticas no idioma local.

Colonia é uma cidade com muitas industrias, que mescla sem a menor harmonia construçoes romanas com igrejas goticas, predios da Microsoft e guindastes. Comparando com Namur, nao é muito bonita, mas tem o que mostrar ao visitante.

Primeiro, o rio Reno, que corta a cidade ao meio e segundo, a Catedral Dom, a mais alta construçao da cidade, a maior da Alemanha e uma das principais da Europa. Eu e a Daia gastamos bastante tempo explorando os vitrais da Catedral, acompanhando, meio sem querer, as missas da parte da manha e da tarde. A curiosidade local esta no nome da cidade: Colonia é a cidade onde foi criado o perfume Agua de Colonia. E a fragancia esta a venda em todo lugar.

Almoçamos em um restaurante chines, porque a Daia estava com vontade de comer Yakissoba. Agora, imagine voce, um brasileiro, em um restaurante chines na Alemanha, com um cardapio bilingue em: oras, chines e alemao. Nos ate pedimos o macarrao, mas comemos arroz com legumes...


Catedral Dom. Foto: Gabriele Alves.

Rio Reno e Dom. Foto: Gabriele Alves.

Carro eletrico para duas pessoas, comum nos paises por onde passei. Alemanha, polo na fabricaçao de autonoveis. Foto: Gabriele Alves.